Atleta Top Player, Gustavo Bontorin conta como foi a experiência de atuar na PDL

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Outubro de 2017. Gustavo Bontorim acabara de se matricular na Next Academy de Curitiba para se tornar um estudante-atleta que tinha o objetivo de estudar e jogar por uma instituição de ensino norte-americana. Daí em diante, a vida do jovem de 22 anos ganharia um novo rumo. Após ter atuado por alguns clubes ao redor do Brasil como Novo Hamburgo-RS, Joinville-SC e Paraná Clube, Gustavo havia desistido do futebol para, conforme o próprio afirmara, “fazer uma faculdade e seguir uma vida normal”. Acontece é que o futebol não havia desistido de Gustavo.

Seis meses após ter iniciado a sua trajetória na Next Academy, o atleta ganhou o título de MVP (Most Valuable Player) do Top Players Try Out da Next Academy, um torneio com os melhores atletas da academia de todo o país, que foi realizado em abril, no CFZ, no Rio de Janeiro.

Com a premiação, o jovem goleiro ganhou uma vaga no time da Next Academy Palm Beach, equipe que disputa a PDL (Premier Development League), principal liga norte-americana de desenvolvimento de futebol e principal caminho para jogar a MLS (Major League Soccer).

Após mais de dois meses de treinamentos intensos e partidas disputadas em alto nível físico e técnico, Gustavo está de volta ao Brasil. Atuar na PDL o fez enxergar o futebol nos Estados Unidos de uma nova maneira, assimilando ainda mais a forma que o americano tem de encarar e praticar o esporte.  O atleta conversou conosco e contou um pouco mais sobre a sua jornada em solo americano e o quanto ela contribuiu para a sua evolução dentro e fora das quatro linhas. Confira abaixo:

Nível das partidas na PDL:

“O nível de treinamentos eram sempre muito intensos, tanto na parte técnica quanto na parte física, que é o que os coaches americanos enfatizam tanto. A respeito da PDL é um campeonato de altíssimo nível, com equipes muito bem formadas e treinadas. Também é um campeonato muito bem organizado, o que facilita para se atingir o alto nível. Nós tínhamos uma equipe muito boa mas, infelizmente, não passamos de fase porque acabamos perdendo alguns jogadores importantes na metade da temporada, o que de certa maneira acabou afetando o rendimento da equipe.”

Aprendizado e evolução:

“Para mim foi um grande aprendizado, tanto na parte atlética quanto na parte cultural. Saber e entender um pouco mais o que significa os EUA foi de suma importância para o meu desenvolvimento como pessoa. O que eu mais evolui nesse tempo em que estive aqui, principalmente dentro de campo, foram os novos aspectos táticos que os coaches daqui praticam; e fora de campo foi muito bom para eu melhorar o meu inglês, convivendo e praticando no dia a dia.

Diferenças e dificuldades encontradas:

“No meu ponto de vista, dificuldades encontramos em todos os lugares e em tudo que queremos fazer. Não alcançamos nenhuma glória sem suor, dedicação e esforço! Já sobre a diferença do futebol do Brasil para o futebol dos EUA tem muita coisa diferente, mas o principal aspecto é que eles enfatizam muito a parte física, pois os jogos são disputados em alta intensidade durante os 90 minutos, além do grande calor que faz nos EUA durante essa época do ano. Até mesmo para um goleiro o aspecto físico é muito explorado. Já a parte técnica vai da filosofia de trabalho de cada coach.”

O que fazer para alcançar a PDL:

“Foi muito gratificante para mim ter essa oportunidade. Aprendi e cresci muito tanto como atleta como pessoa. Meu conselho para quem tem o mesmo sonho de um dia jogar a PDL é se dedicar muito nos treinamentos e buscar sempre estar em grande forma física, que é o que conta muito aqui. Estude exaustivamente o inglês para não ter dificuldades de comunicação e persista no seu sonho que, com certeza, um dia a oportunidade vai chegar e, quando chegar, você tem que estar preparado!”