Vida nos EUA: conheça o dia a dia de uma estudante-atleta

Leia o depoimento da jovem gaúcha Morgana Hardt, estudante-atleta de 20 anos, que decidiu seguir o sonho de jogar e estudar com uma bolsa de estudos nos Estados Unidos.

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Estudante-atleta da Next Level Sports, Morgana Hardt tem força de vontade e mostra talento no futebol feminino da Bryan College, universidade localizada em Dayton, nos Estados Unidos.

A jovem estuda na Integrated Marketing Communications e é goleira do futebol feminino universitário, que pertence à National Association of Intercollegiate Athletics (NAIA), associação que está entre as favoritas de jogadores universitários americanos.

Mesmo sendo de uma liga menor, as chances para seguir carreira no futebol profissional existem e dependem do desempenho do jogador em campo.
Entre os assuntos do bate-papo estão a opinião de Morgana sobre as diferenças do futebol feminino no Brasil e nos EUA; a vida nova longe da família e em um país estrangeiro; como a NAIA pode ser a ponte para o futebol universitário; e o que a Next Level Sports representa para a jovem estudante-atleta.

1 – Como é o seu dia a dia na faculdade?
A faculdade é bem tranquila. Um dia normal consiste basicamente de aulas, normalmente na parte da manhã e no início da tarde, e duas horas de treino, entre as 16h e as 18h. A quantidade de tempo livre depende de quantas horas curso no semestre, mas, independentemente de quantas as forem, sempre tenho um tempo livre.

2 – Quais foram (até agora) seus maiores aprendizados nos EUA?
Amadureci e mudei muito desde que fui para lá, com certeza para melhor, e acredito que um dos meus maiores aprendizados tem a ver com tolerância. Nunca tive qualquer problema com diferentes crenças ou opiniões. Porém, ao chegar lá, as diferenças sociais, culturais e, principalmente, religiosas foram um choque. Comparado com o lugar de onde vim, eles são muito mais conservadores, com o que, às vezes, pode ser difícil de lidar. Requer paciência, tolerância e entendimento. Com a minha quota de experiências boas e ruins, sinto que estou preparada para qualquer situação social e relação intercultural.

3 – E o futebol feminino nos EUA? Na sua opinião, qual é a maior diferença do futebol da terra do Tio Sam e do Brasil?
Acredito que as maiores diferenças entre o futebol feminino no Brasil e nos Estados Unidos são a estrutura e o incentivo. As meninas lá começam a treinar com cinco, seis anos de idade. Elas jogam na escola, em clubes, sempre tendo apoio de todos os lados. Não só na faculdade, mas também na escola antes disso. Elas têm um compromisso com os estudos, não jogam se os estudos não vão bem. Aqui é diferente, as meninas têm basicamente que escolher entre seguir com o futebol ou com os estudos. Sem contar com a estrutura, que é praticamente inexistente. Incentivo, então, nem se fala.

4 – O que a Next Level Sports representa para você?
A Next Level e aqueles que trabalham na empresa são aqueles que acreditaram em mim e me incentivaram a chegar onde estou. Eles querem nos ajudar a ser o melhor que podemos ser. Eles são apaixonados pelo que fazem e isso é visível no trabalho que desenvolvem. Sou muito grata por tudo o que eles fizeram por mim. Não penso duas vezes antes de recomendar a Next para aqueles que sonham em jogar e estudar fora. Fico muito feliz quando vejo o quanto a empresa cresceu desde que eu embarquei nessa jornada.

5 – O que você diria para as meninas que querem seguir o mesmo caminho que o seu e ser estudante-atleta com bolsas de estudos nos EUA?
Acreditem em vocês! Todas nós temos aqueles dias que duvidamos de nós mesmas e das nossas possibilidades, mas todas temos chances de chegar lá, só precisamos acreditar. Existem milhares de universidades nos EUA. Muitos técnicos buscam especificamente atletas internacionais para os seus times. Há muitas oportunidades para atletas brasileiras. Dediquem-se, é muito importante, pois a dedicação é muito importante, tanto na parte esportiva quanto nos estudos de inglês. A dedicação é o que vai nos diferenciar das outras e é o que os técnicos buscam, porque para eles a dedicação vem antes do talento. Acreditem e se dediquem. Eu sei que todas podem chegar lá!

6 – O que você pode descrever sobre a Divisão NAIA?
A NAIA não é exatamente igual às outras divisões, mas isso não faz com que ela não seja tão competitiva quanto. Acho que as regras mudam um pouco e ela pode não ser tão rigorosa quanto a primeira divisão da NCAA, mas ela não deixa de ser levada a sério ou de ter menos qualidade. Muitos atletas vão para lá com o sonho de seguir para o futebol profissional e acham que a NAIA não vai dar a visibilidade necessária para fazer disso algo possível. Porém, mesmo com a liga sendo menor, ela ainda é nacional e tem olheiros por toda a parte. Se um atleta se destacar, a palavra vai se espalhar. Sem contar que uma das melhores formas de conseguir essa visibilidade é, na verdade, jogando em times semiprofissionais durante o verão. De qualquer forma, a NAIA é sim um bom lugar para se jogar. Algumas escolas podem não ser tão grandes, mas estrutura e possibilidades não faltam.

Conheça o NextCast, o podcast da Next Level Sports

O primeiro NextCast teve como convidado o Diretor acadêmico da Next Level Sports, Jônatas Polesello. Ele falou um pouco sobre sua vida no futebol de base no Brasil e por que escolheu o futebol universitário dos EUA.  Confira dando play abaixo:

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