Futebol Feminino Universitário: entenda em 5 passos

A Next Level preparou abaixo algumas explicações sobre o processo e alguns motivos pelos quais essa é a melhor decisão possível a ser tomada por todas aquelas que amam o futebol e sonham seguir carreira, seja no Brasil ou em qualquer lugar do mundo.

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Não é novidade para ninguém que é cada vez mais crescente a ida de estudantes-atletas brasileiros para os EUA através de excelentes bolsas de estudos, que são focadas, na maioria das vezes, em atletas de futebol masculino. O que muitos não sabem, porém, é que os outros diversos tipos de esportes jogados no nível universitário americano também agraciam atletas de todo o mundo com ofertas de bolsas que mudam as suas vidas.

No Brasil, por exemplo, o foco extremo de grande parte do país no futebol faz com que outros esportes praticados por muitos jovens brasileiros fiquem um pouco de lado na hora dessa transição para uma carreira profissional. Acontece que até mesmo dentro do futebol ainda existe um grupo de pessoas que não recebem as mesmas oportunidades, atenção e estímulo: as jogadoras de futebol feminino.

Nos EUA, pelo contrário, as mulheres não só recebem a devida atenção dentro desse esporte que tanto amam como também, por muitas vezes, ganham um destaque maior até que os homens, em nível nacional. Brasileiras que veem suas carreiras estagnadas em terras tupiniquins não deveriam pensar duas vezes ao considerar uma mudança de rumo de suas jornadas, mas muitas vezes o grande inimigo das mesmas é a falta de informação.

O processo

O processo que culmina em ofertas de bolsas de estudo feitas pelas faculdades às estudantes-atletas segue os mesmos rituais que o futebol masculino. A aluna candidata a uma vaga em uma equipe de futebol feminino universitário deve possuir um nível razoável de fluência na língua inglesa, que será testado nas provas requisitadas – Toefl e SAT –, um bom vídeo editado contendo seus melhores momentos e também as transcrições para o inglês das notas do Ensino Médio.

As candidatas também deverão passar pelo Clearing House das ligas das faculdades em que pretendem estudar e jogar. Esse processo, feito online, é uma liberação baseada no histórico da atleta que certifica que ela está apta e se enquadra nas regras do esporte universitário americano. É nessa fase do processo que entra o trabalho de empresas como a Next Level Sports, seja preparando a atleta técnica e fisicamente com treinos semanais, filmando e editando jogos para que ela cause uma primeira impressão com um excelente vídeo, auxiliando no aprendizado e aperfeiçoamento da língua com aulas também semanais de inglês e, por fim, quando todos os requisitos anteriores estiverem devidamente preenchidos, entrando em contato com as universidades e negociando uma ótima bolsa de estudos para as futuras craques do futebol feminino universitário.

A cultura do soccer

Por mais que o futebol profissional masculino nos EUA venha crescendo e evoluindo em uma velocidade considerável nos últimos anos, a cultura do soccer no país sempre foi predominante entre as mulheres. Essa máxima pode ser comprovada com uma breve visita a academias e escolinhas de futebol voltadas para crianças e adolescentes em todo o país. Quase sempre o número de atletas do sexo feminino inscritas é muito maior que o número dos atletas do sexo masculino. Isso se dá porque o esporte mais popular do país, o futebol americano, é exclusivamente masculino, e, portanto, é a primeira escolha da maioria dos meninos.

O soccer surgiu como uma alternativa para as meninas e cresceu muito entre elas. Hoje, possui um mercado e ligas profissionais muito estruturados e competentes, diferentemente do que ocorre no Brasil. É muito mais comum dentro da sociedade a prática dele pelas mulheres, e não há um certo preconceito, como há ainda em nosso país.

A estrutura e o apoio ao esporte no país

O futebol feminino talvez seja tão popular nos EUA quanto no Brasil. A grande diferença entre os dois países é a forma como trabalham os líderes das federações e organizações. Os Estados Unidos possuem uma liga nacional feminina muito forte e que paga bem, clubes estruturados, com centros de treinamentos e estádios, e staffs esportivos de primeira linha, o que é refletido diretamente nas faculdades.

O futebol feminino universitário possui o mesmo investimento em estrutura, orçamento para bolsas e profissionais capacitados que o futebol masculino. Pela péssima situação em que vive hoje o futebol feminino no Brasil, uma menina que decide sair do país em busca do sonho de ser jogadora profissional tem muito mais a ganhar que os meninos. Irá estudar em uma faculdade de ponta durante quatro anos, com grande parte ou tudo pago, se formar falando no mínimo duas línguas e, se por um acaso ainda sonhar em seguir carreira profissional, o caminho será muito fácil e sem problemas estruturais.

O sistema funciona de forma que garanta às atletas de destaque um holofote, muitas vezes em nível nacional, voltado para os treinadores dos clubes profissionais do país.

O fator “Brasil”

Muitas vezes os brasileiros acham que o futebol no país anda um pouco em baixa, que o Brasil já não é mais respeitado lá fora como já foi antigamente e que nossos jogadores e jogadoras já não são mais tão queridos. Basta pisar em uma universidade americana e conversar com os treinadores das equipes de futebol para ver como isso é uma falsa verdade. O brasileiro ainda encanta. Ainda possui qualidades, principalmente técnicas e individuais, com que nenhum outro país do mundo consegue competir. O fator Brasil ainda faz muita diferença.

Uma rápida pesquisa online nos elencos das equipes de futebol das principais universidades americanas mostra que em quase todos os times há atletas brasileiros e brasileiras, e na maioria das vezes estes são os principais jogadores e jogadoras do time.

No futebol feminino, esse impacto é ainda maior. Enquanto no masculino, hoje, quase todos os países do mundo produzem bons jogadores, de excelente qualidade técnica, o feminino ainda passa por um processo de crescimento no cenário mundial. Mesmo as americanas, que têm o soccer inserido em sua cultura desde criança, em sua maioria não possuem a ginga e a habilidade característica das brasileiras. São excelentes, mas muitos técnicos fazem questão de estar sempre indo atrás de duas ou três atletas brasileiras, no mínimo, para poder fortalecer os seus elencos.

As oportunidades e chances hoje para as meninas de todo o Brasil que sonham em levar o futebol a sério não são maiores em nenhum outro lugar do mundo.

Conheça o NextCast, o podcast da Next Level Sports

O primeiro NextCast teve como convidado o Diretor acadêmico da Next Level Sports, Jônatas Polesello. Ele falou um pouco sobre sua vida no futebol de base no Brasil e por que escolheu o futebol universitário dos EUA.  Confira dando play abaixo:

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