4 dicas para o estudante-atleta lidar bem com a saudade

Ter saudade é inevitável e medidas simples, que podem ser tomadas no dia a dia, fazem toda a diferença e ajudam o estudante a manter o foco nos seus objetivos. Confira agora quatro dicas preparadas pela Next Level sports.

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Dentre todas as dificuldades por que passa um estudante-atleta brasileiro morando no exterior, talvez a mais difícil de lidar seja a saudade da família e dos amigos. O frio, a língua e os costumes diferentes são fatores que, com o passar do tempo, deixam de ser problemas, pois se tornam parte da vida que agora se leva, inserida totalmente em outra cultura.

Acostumar-se, porém, com a ausência das pessoas que mais amamos é algo que, muitas vezes, nem o tempo é capaz de prover. No entanto, existem algumas formas de comportamento que ajudam a aliviar bastante essa saudade.

MANTENHA-SE OCUPADO 24 HORAS POR DIA

Já dizia o ditado: ‘cabeça vazia, oficina do diabo’. Nesse caso, a oficina é a rotina, e o diabo, a saudade. Muitas vezes os jovens estudantes-atletas de primeira viagem focam sua nova vida universitária apenas nos treinos e nas salas de aula. Ambos somam, geralmente, entre seis e oito horas da rotina. Se colocarmos nessa matemática as oito horas ideais de sono, ainda ficam faltando mais oito a serem preenchidas durante cada dia da semana, e é geralmente nessas oito horas restantes que surgem os momentos de tristeza, fraqueza, e até de depressão. Deitar na cama olhando para a foto da família não vai te ajudar em nada.

Pelo contrário,  só irá te colocar para baixo. Procurar um trabalho é a melhor opção para o preenchimento desse vazio. Une o útil ao agradável e, assim, afasta a saudade e traz dinheiro. Um dia muito atribulado e atarefado faz com que o jovem esqueça completamente, de forma passageira, obviamente, dos seus entes queridos. Estudar, sair com os amigos, ir ao cinema, teatro e praticar treinos extras são outras opções de atividades que ajudarão o jovem a manter a cabeça focada nos EUA e, consequentemente, no seu futuro.

AS AMIZADES

Ninguém é obrigado a fazer novas amizades. Pode muito bem acontecer de uma pessoa ir passar um tempo fora e voltar para casa sem ter criado sequer um laço de amizade duradouro. Mas uma coisa é certa: quanto mais amigos você tiver, mais agradáveis e felizes serão os meses ou anos longe de casa. Muitas vezes, alguns jovens, por timidez, ou até por uma dificuldade inicial com o idioma, se fecham para as oportunidades de conhecerem novas pessoas, e acabam sofrendo muito com isso.

Geralmente nas universidades americanas a porcentagem de alunos que moram na mesma cidade que estudam é mínima. Não só devido ao grande número de estrangeiros vindos do mundo todo, mas também pelos americanos que, por sua vez, acabam tendo que ir morar em outros estados devido à grande concorrência que é entrar para uma faculdade muito desejada nos EUA. Grande parte dos jovens universitários estará passando pela mesma dificuldade de aprender a lidar com a distância da família, o que faz essa conexão e criação de laços de amizade algo muito mais fácil e natural.

MÍDIAS SOCIAIS

Hoje em dia a evolução tecnológica tornou tudo muito mais fácil. Imagine a vida de um estudante estrangeiro há mais ou menos 30 anos atrás. Cartas eram a única forma real de contato possível do jovem com o seu país de origem. O telefone, a internet e agora as mídias sociais trouxeram um alívio gigantesco no peso e no desconforto causados pela distância. Manter contato com amigos e familiares não só ameniza a saudade, como faz também o tempo passar bem mais depressa.

Um cuidado, porém, para não passar “o dia todo” em contato direto com o Brasil. O primeiro motivo é que, obviamente, isso prejudicará o estudante-atleta no foco em seus afazeres e atividades. Quem fica o tempo todo no computador ou celular corre o sério risco de se tornar improdutivo. O segundo motivo é a questão do desenvolvimento e do aperfeiçoamento da língua. O jovem que se muda para os EUA deve focar dia a dia, principalmente nos primeiros meses, em conversações na língua inglesa. Quanto menos português, melhor. Contatos diários com entes queridos no Brasil são muito bem-vindos, desde que o contato pessoalmente com as novas pessoas e nova cultura seja bem maior.

VISITAS

Dos males, a distância é o menor. Os EUA ficam em média a nove horas de voo do Brasil, e são, independentemente do fator “parente estudante-atleta”, um dos destinos mais comuns dos brasileiros em suas férias. Devido ao crescente número de jovens do nosso país embarcando em direção à terra do Tio Sam para tentar uma vida melhor, tem ficado cada vez mais fácil e acessível para os brasileiros voarem em direção ao hemisfério norte, seja pela diminuição de burocracias ou pela baixa nos preços de passagens de avião e estadias, dentre outros motivos.

A forma como é dividido o calendário estudantil nos EUA também ajuda muito. São quatro meses por ano de férias (três durante o meio do ano, entre maio e agosto; e um no fim do ano, entre dezembro e janeiro). Um estudante que possui condições financeiras para estar sempre comprando passagens de ida e volta nunca ficará mais que cinco meses longe de sua casa.

Escute o segundo NextCast, o podcast da Next Level Sports:

Neste episódio, os próprios estudantes-atletas deram depoimentos e trataram de um tema que interessa muito a todos os jovens que estão em preparação para estudar e jogar nos Estados Unidos, o embarque. Confira dando play abaixo:

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