Entenda os diferentes tipos de vistos para se morar nos EUA

Veja quais são os vistos necessários para morar e estudar nos EUA e conheça o processo burocrático para conseguir toda a documentação.

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Morar e construir o futuro nos Estados Unidos são sonhos de muita gente, mas não é algo fácil de se conseguir. O maior entrave é a documentação necessária para entrar na terra do Tio Sam de forma legal. O visto é o documento específico para a regularização dos estrangeiros como cidadãos e moradores, em qualquer país do mundo. Mas você sabe exatamente como esse processo funciona nos EUA? Sabe a diferença entre os tipos de vistos e o que cada um pode garantir? E como fazer para consegui-los? Confira abaixo um breve resumo.

O visto de turista

O visto de turista americano é o mais comum e solicitado por brasileiros e viajantes de outros países do mundo. Ele dá ao solicitante o direito de ir e vir aos EUA durante um período de tempo (que varia de caso a caso), tendo que ser sempre renovado após o fim do prazo pré-estabelecido. Esse visto NÃO dá ao cidadão estrangeiro o direito de morar naquele país.

A regra que controla o tempo determinado de visita é simples: qualquer pessoa de cidadania não estadunidense tem um prazo de até seis meses para permanecer em solo norte-americano quando viajando a passeio. Ao estourar este período, estará automaticamente vivendo ilegalmente por lá.

No dia em que decidir regressar ao seu país, não encontrará qualquer problema para deixar os Estados Unidos. Mas ao passar pela checagem da Polícia Federal americana, terá seu passaporte carimbado e entrará nos registros de forma permanente como cidadão deportado, sendo tirado dele a chance de voltar a pisar, mesmo que em breve visita, em terras norte-americanas.

O visto de estudante

É o segundo mais comum retirado pelos brasileiros, pois dá ao aplicante o direito de morar nos EUA de forma provisória durante o tempo do curso ou projeto de estudo específico. Quem determina esse tempo e concede a papelada para que ele solicite o seu visto no consulado brasileiro é a instituição em que o futuro aluno internacional completará os seus estudos. O visto de estudante normalmente tem um prazo de cinco anos, tempo suficiente para cobrir o período até a formação em uma universidade americana, que é de quatro anos.

Caso o aluno venha a levar mais de cinco anos para a conclusão do curso, o que pode acontecer devido a atraso ou perda de algumas matérias, ele deve entrar em contato com o consulado de seu país pelo menos seis meses antes da expiração do visto, para que seja feita a renovação. Novamente, a instituição de ensino é a responsável por enviar os documentos ao governo, comprovando a validez da matrícula do aplicante.

Uma vez que o cidadão internacional completa seus estudos, o seu visto de estudante não tem mais validade, e ele deve retornar imediatamente ao seu país para evitar problemas futuros com a imigração americana.

O OPT

Como dito, assim que o aluno se gradua no curso internacional, ele deve deixar os Estados Unidos, pois não estará mais legal no país. Há, porém, duas formas de conseguir o prolongamento dessa estadia. A primeira delas é o OPT, ou Optional Practical Training, um visto temporário concedido aos estudantes estrangeiros recém-formados em uma universidade. Esse visto concede o período de 12 meses ao aplicante para ficar trabalhando legalmente no país. Após esse prazo, o jovem tem de contar com a sorte (leia-se competência) para que o seu empregador esteja tão satisfeito com o seu desempenho na empresa a ponto de patrocinar o seu visto permanente de trabalho. Caso contrário, a única solução é voltar para casa.

O OPT é a forma que o governo americano encontrou para recompensar o estudante internacional pelo seu esforço de anos dentro de uma universidade com a oportunidade de ter um tempo de emprego temporário legalizado, o que pode levar à conquista de uma posição permanente no mercado de trabalho dos Estados Unidos e dar continuidade ao projeto de vida dentro do sonho americano.

Esse processo também gera o aumento da competitividade e, consequentemente, do alto nível de qualidade dos trabalhadores, tendo em vista que os americanos estarão enfrentando não só a já forte concorrência dos seus competentes compatriotas, mas também de uma forte e qualificada mão de obra estrangeira.

O visto de trabalho

É a segunda forma de prolongamento da estadia de um estudante internacional. Funciona da seguinte forma: quem tem um emprego, através desse visto, estará legalizado para trabalhar e morar nos Estados Unidos. Assim como no caso do visto de estudante, em que as faculdades têm a responsabilidade de decidirem para quem e por quanto tempo o concederão, as empresas e companhias, neste caso, são quem escolhem a dedo os seus empregados, sendo de total responsabilidade dos patrões a entrada em todo o processo e a papelada para legalização do trabalhador.

É importante frisar que o visto de trabalho, na maioria das vezes, assim como o de estudante e o OPT, não será algo definitivo. Ele tem de ser continuamente renovado, após cada prazo de expiração, pela empresa encarregada dos serviços do cidadão estrangeiro. Em caso de demissão, por exemplo, se o trabalhador não arranjar um novo emprego dentro do prazo de validez do seu visto de trabalho, ele será obrigado, assim como no fim do prazo do OPT, a retornar ao seu país de origem.

O Greencard

A única forma de um estrangeiro se tornar um cidadão americano com permissão para ir, vir e se instalar no país de forma definitiva é conseguindo ganhar o cartão de residência permanente, mais conhecido como Greencard.

O Greencard pode ser concedido ao cidadão estrangeiro de diversas formas. A mais comum é através da ligação familiar com algum cidadão natural dos Estados Unidos. Um jovem nascido no Brasil, por exemplo, mas filho de pai ou mãe americana, tem, por lei, o direito de requerer a solicitação da sua permissão de residência permanente e cidadania americana. Outra forma é através do trabalho. Conforme dito, os vistos de trabalho são, em sua maioria, temporários. Em alguns casos, porém, dependendo da importância do empregado, as empresas “patrocinam” a aplicação do trabalhador estrangeiro ao Greencard.

É um processo caro e cheio de burocracias, mas as empresas americanas estão acostumadas a lidar com a situação e é quase certo esse processo ser concluído de forma positiva. Um exemplo bem simples é a forma como funciona o visto para os estrangeiros que jogam a Major League Soccer, principal liga de futebol profissional dos Estados Unidos.

Assim que um jogador não americano é draftado ou contratado por um clube da MLS, a liga automaticamente dá entrada na papelada do Greencard. Uma vez aprovado e aplicado o processo de cidadania ao atleta, ele terá um visto de residência definitivo para o resto de vida. Ou seja, mesmo que ele seja demitido do seu clube e passe por uma fase desempregado, não terá de se preocupar com o seu status de imigrante, pois o Greencard o torna legalizado para estar em solo americano sob quaisquer circunstâncias.

Existem outras formas menos comuns e mais difíceis de se conseguir esse tipo de visto, como se casar com um americano, ser qualificado como um refugiado com asilo nos Estados Unidos, entre outras. Independentemente de como o cidadão estrangeiro sonhe e planeje construir a sua carreira e vida no país, ele tem que se certificar que está seguindo tudo 100% dentro da lei, pois o não cumprimento delas é algo sério e com severas consequências na terra do Tio Sam.

Fonte: www.uscis.gov