7 dicas para o estudante-atleta conciliar o estudo com o esporte

Quais são as dicas para o estudante-atleta se dar bem em sala de aula, com os professores e a sua turma da universidade ou High School? Veja agora em mais uma matéria da série 'Vida nos EUA'.

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Confira agora as 7 dicas essenciais para o estudante-atleta não ficar na mão em sala de aula. Bom relacionamento com os professores e ser assíduo nas aulas são alguns cuidados que o atleta deve ter.

Se identifique com os professores nos primeiros dias de aula

A primeira coisa que todo estudante-atleta deve fazer no começo de cada semestre é se apresentar aos professores como sendo parte de uma equipe esportiva. Os professores das universidades americanas já estão mais que acostumados com esse tipo de situação e sabem bem como lidar com cada caso. Geralmente os professores são muito compreensivos e flexíveis, pois entendem como é apertada a vida do estudante que vive viajando para representar a faculdade em competições.

Algumas vezes, porém, o estudante-atleta irá se deparar com professores mais “cascas-grossas”, que farão apenas o mínimo para ajudá-los. Por isso, esse contato, quanto o mais cedo possível, e sempre mostrando total interesse e comprometimento com a aula, é tão importante. Uma boa dica é que o aluno, nessa primeira conversa, se possível, repasse aos professores todas as datas nas quais estará ausente e trace em conjunto um plano de metas a ser cumprido.

Bom relacionamento com os professores

Lembre-se sempre, estudante-atleta: você vai precisar do seu professor! Essa é a forma mais simples e direta de se explicar o porquê de o estudante-atleta ter de manter um bom relacionamento com todos os seus professores. A vida atribulada, composta por diferentes atividades, viagens, jogos, etc. não é impossível de ser levada com sucesso, mas requer muita organização. E a comunicação nessa hora é uma das coisas mais importantes. Esteja sempre em contato com os seus professores, pessoalmente e via e-mail, e evite qualquer tipo de atrito. Marque reuniões em seus escritórios, peça ajuda sempre que necessário, explique sempre o motivo de sua ausência. Resumindo: demonstre interesse.

Antecipar-se é sempre melhor que atrasar-se

Uma das principais preocupações de um estudante-atleta, em época de temporada, são prazos de entrega dos afazeres e obrigações acadêmicas. Deveres de casa, projetos, trabalhos, testes e provas sempre possuem uma data exata como limite para serem realizados. Muitas vezes essas datas vão coincidir com uma viagem de até três dias para jogos fora de casa. O professor pode ser mais flexível, permitindo, por exemplo, que o aluno entregue os deveres ou até mesmo as provas on-line ou dando a chance para que sejam feitos na volta, mas não se deve confiar na boa vontade deles.

A regra geral para nunca arriscar a perder pontos na média é adiantar as tarefas para antes das viagens. Por exemplo: um estudante-atleta tem que entregar uma pesquisa na quarta-feira e fazer um teste na sexta-feira, mas possui um conflito de calendário pois jogará uma partida fora de casa na quinta-feira.

Muito provavelmente a equipe viajará na quarta, um dia antes da partida e voltará um dia depois, na sexta à noite, fazendo, portanto, com que o aluno fique impossibilitado de ir em ambas as aulas. A solução é simples: explique a situação para o professor, via e-mail ou pessoalmente, e peça para que possa adiantar ambas as tarefas para a segunda-feira anterior à viagem, não tendo assim que se preocupar com as tarefas, podendo focar 100% no jogo. Requer bastante organização, mas é o melhor caminho.

Colegas de classe

Ninguém é obrigado a fazer amizades, mas ter um bom relacionamento com alguns de seus colegas de classe talvez seja até mais importante que com os professores. São eles que irão te salvar em diversos momentos de dificuldade. Os professores vão te ajudar até certo ponto, mas são os outros alunos que terão disponíveis praticamente todas as ferramentas necessárias para que um aluno faltoso, como um estudante-atleta, mantenha-se atualizado.

É com seu colega de classe, que você conseguirá anotações de palestras, cópias de exercícios, xerox de resumos, etc., após uma longa viagem em que normalmente se perde muito. Muitos trabalhos numa universidade americana são feitos em grupos, outro motivo crucial para que o aluno tenha boas relações de amizade. Um estudante-atleta que vive isolado diminui drasticamente suas chances de ser bem-sucedido academicamente.

Não falte às aulas

Essa talvez seja a dica mais importante. Um estudante-atleta já estará condicionado a perder uma quantidade considerável de aulas durante a temporada de seu esporte. Essas ausências, se devidamente justificadas, não acarretarão na perda de pontos, mas sim na perda de aprendizado do conteúdo. Toda e qualquer chance que esses alunos tiverem de se atualizar dentro da sala de aula deve ser aproveitada.

Não é uma tarefa fácil e requer sacrifícios. É muito comum o estudante-atleta querer “matar” uma aulinha ali e outra aqui devido ao cansaço dos treinamentos, mas pense duas vezes. Um aluno que já tem um histórico de faltas consecutivas por conta do esporte nunca é muito bem visto pelos professores se não demonstrar total esforço quando tem a oportunidade. Colocar o desgaste e o cansaço de lado e se fazer um aluno presente e dedicado sempre traz a recompensa no fim de cada ano.

Ônibus são o ambiente perfeito de estudo

A vida corrida e atribulada de um estudante-atleta diminui também o tempo disponível de estudo fora dassalas de aulas. Um dos grandes segredos do sucesso é aproveitar cada oportunidade possível para se manter em dia com as matérias. As viagens de ônibus para jogos fora de casa são, por muitas vezes, longas, chegando a 8 horas de estrada.

Por que não juntar o útil ao necessário? Coloque seus livros na mala de viagem e aproveite para fazer a diferença. Enquanto muitos atletas estarão vendo um filme, escutando música ou até dormindo, o aluno que vê as boas oportunidades que se apresentam enxergará 8 horas livres para o estudo e atualização do conteúdo. Duas horinhas, que sejam, já farão uma diferença enorme. O “estudioso de ônibus” raramente estará atrasado após voltar para casa de uma longa viagem.

Extra-créditos

É muito comum nas universidades americanas os professores darem extra-créditos para complementarem a nota. E não são 1 ou 2 pontos na média. Por muitas vezes esses pontos extras chegam a 10, 20 na média final. Ou seja, um aluno que teve dificuldades em uma matéria e terminou com uma nota 7.0, pode chegar a 9.0 se aproveitar as oportunidades. Para um aluno comum, essas tarefas já são importantes; agora para um estudante-atleta que deseja ter notas boas, elas são imprescindíveis. Muitos desses créditos serão deveres e trabalhos extras, mas outros serão atender a eventos relacionados ao curso na cidade, como, por exemplo, peças de teatro, exposições em museus e palestras. Comparecer a esses eventos geralmente gera uma compensação bem alta em forma de nota. Por mais cansativo que seja, vale muito a pena o sacrifício.