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7 de abril de 2016

Confira as diferenças entre uma faculdade no Brasil e nos EUA

Saiba quais são as maiores diferenças entre uma universidade no Brasil e nos Estados Unidos e veja como funciona o sistema acadêmico dos dois países.


Embora os sistemas de educação ao redor do mundo sejam, em geral, estruturados de maneira parecida – com os ensinos fundamentais, médios e superiores como um modelo de base a ser seguido – há sempre diferenças de um país para o outro, e essa relação tem pontos significativos entre Brasil e os Estados Unidos.

Para o aluno brasileiro que sonha em tentar a carreira de estudante em uma faculdade norte-americana, é muito importante estar a par dos detalhes, mesmo antes de começar a mudança. Até porque todo processo seletivo é afetado pelas diferenças entre uma universidade no Brasil e nos EUA.

universidade no Brasil - diferenças
Os sistemas nos dois países têm diferenças significativas. É importane o estudante-atleta ficar atento a algumas peculiaridades. (Reprodução: http://www.creditperformance.com.br/).

O processo seletivo

A primeira grande diferença do sistema acadêmico entre uma universidade no Brasil e nos EUA é a forma como funciona o processo de seleção dos jovens postulantes para as vagas nas universidades.

No Brasil, hoje, possuímos o ENEM, sistema nacional de provas unificado em todo o país, no qual a única preocupação do estudante é tirar uma boa nota, o que consequentemente o colocará em uma competição com o resto do país, através de um sistema de rankings.

Nos Estados Unidos até existe um teste, o SAT, mas ele faz parte de um conjunto de pré-requisitos que todo aluno deve ter. As notas do ensino médio, por exemplo, são um fator muito importante nessa equação. O processo de aplicação on-line  também conta muito na hora da decisão.

Todos os alunos aspirantes a uma vaga devem preencher formulários on-line nos websites de cada universidade das quais deseja fazer parte. Esses formulários consistem em uma série de perguntas que cada universidade, separadamente, cria para ver se o aluno, suas qualidades e seus princípios se adequam d à filosofia de suas respectivas faculdades.

Novamente, não existe um ranqueamento por nota como no Brasil, e uma nota pior que a do seu concorrente não necessariamente colocará o aluno numa posição de menor chance. O que existe são requisitos mínimos a serem alcançados, como uma certa nota mínima no SAT e no ensino médio, e essas notas variam de faculdade para faculdade. Uma vez alcançados esses requisitos, os departamentos de admissões das faculdades analisarão todos os processos de aplicação, e enviarão uma mensagem de aceitação para os candidatos escolhidos.

universidade no Brasil - diferenças
As provas do TOEFL e do SAT são duas avaliações necessárias para o estudante ingressar em uma universidade ou high school norte-americana. (Reprodução: http://www.collegepond.com/).

Alunos Internacionais e Estudantes-Atletas

O processo seletivo funciona um pouco diferente se você é um aluno internacional ou futuro atleta de uma equipe universitária. No caso dos alunos internacionais, além do SAT, é requerida a realização de outra prova, o TOEFL, prova exclusivamente de inglês, dividida em 4 seções: escrita, leitura, audição e fala. Cada faculdade também tem a sua nota mínima do TOEFL estabelecida, e uma vez que o aluno internacional atinge essa nota, passará pelo mesmo processo de seleção e aceitação por parte dos departamentos de cada faculdade.

Se o aluno é um estudante-atleta, geralmente o processo começa em conversas com os treinadores das equipes esportivas. O treinador, baseando-se apenas na qualidade técnica e individual de cada atleta, oferece uma boa bolsa de estudos, mas pra que isso aconteça o aluno já tem que ter em mãos as notas das provas requeridas, e as notas novamente têm que bater com o mínimo exigido pela faculdade em que ele esteja em contato.

Uma diferença é que, nesse caso, o aluno que também é atleta não precisará passar pelas mãos do departamento de admissão, correndo o risco de perder a chance de bolsa já conquistada. O sim do treinador para os atletas que ele deseja ter em seu elenco é o aval para o departamento de admissão passar todo e qualquer atleta à frente de um candidato comum na fila.

A escolha do curso

Nos Estados Unidos, diferentemente do Brasil, o aluno não precisa escolher o curso que pretende cursar antes de ingressar na universidade. O tipo de curso também não interfere na aceitação ou não dos alunos pelas universidades. Como dissemos antes, o aluno prestará o SAT, que contém apenas três seções (gramática e interpretação da língua inglesa, matemática e uma redação), completará o processo e, se selecionado para alguma universidade, começará os seus estudos de graduação sem precisar declarar o curso que pretende se especializar. Nos primeiros semestres, todos os alunos terão que cursar as matérias básicas, o que dá um tempo maior para a decisão de que carreira seguir.

As matérias básicas

Uma grande diferença entre uma universidade no Brasil e nos EUA são as matérias que o aluno precisa cursar durante seus anos de graduação. Enquanto no Brasil o estudante já entra na faculdade com o curso definido, cursando as matérias específicas da sua área, nos Estados Unidos, antes de tudo, existem as matérias básicas, que consistem numa série de matérias obrigatórias, como matemática, redação, história, psicologia, governo e língua estrangeira, para citar algumas, que todo aluno deve cursar, independente da área.

O sistema acredita que é de suma importância refrescar a memória dos alunos com o básico de assuntos importantes que todo jovem com uma boa educação precisará saber durante a vida, mas, ao mesmo tempo, sem se aprofundar tanto, pois sabem que essas matérias não são especialidades de todas as áreas escolhidas pelos alunos.

Após esse início, o aluno declara junto aos instrutores o curso que pretende seguir, e são então colocadas em seu plano de estudos as matérias que precisarão ser concluídas para a formação na área desejada.

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O investimento no esporte das universidades norte-americanas é bom pelo alto nível de competitividade entre os estudantes-atletas. (Reprodução: www.youtube.com/).

O investimento no esporte

O investimento no esporte talvez seja a diferença mais discrepante entre os dois sistemas de ensino. Como já é de conhecimento geral, os Estados Unidos não possuem categorias de bases em seus esportes. Os jovens atletas com futuro promissor se encontram nas faculdades. Nos EUA não existem atletas “ignorantes”. Ao contrário do Brasil, onde a maioria dos jogadores de futebol, por exemplo, não possuem nem uma educação primária, nos Estados Unidos é impossível o aluno chegar ao nível profissional sem passar por uma universidade. É regra!

O incentivo ao esporte de alto nível dentro das faculdades traz também benefícios na parte esportiva, obviamente. Ao mesmo tempo em que são universitários, em busca da graduação e do diploma do 3º grau, os estudantes-atletas enfrentam um nível de competitividade bastante próximo do nível profissional do esporte que se joga. Sendo assim, os alunos que se destacam normalmente estão prontos para dar o próximo passo em direção à carreira profissional de atleta.

O sistema também favorece àqueles que não querem ou não irão conseguir chegar ao nível esportivo profissional. Esses que “ficam pelo caminho” terão nada mais, nada menos que um diploma de uma universidade top, e milhões de outras oportunidades de carreiras e empregos dentro das áreas que escolherem. Enquanto isso, no Brasil, muitos desses jovens acabam ficando sem nem um, nem o outro, uma consequência direta da forma mal planejada dos nossos sistemas de esportes e ensino.

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