Atleta que vendia pipoca vira destaque nos Estados Unidos
Conheça a história de Carlos Pinheiro Junior, que chegou a trabalhar em uma carrocinha de pipoca para alcançar os seus objetivos.
Lorena Muniz
Carlos Pinheiro Medeiros Junior nasceu e foi criado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Como muitas crianças brasileiras, seu sonho sempre foi ser jogador de futebol. No entanto, Dona Dalva nunca permitiu que o filho abandonasse os estudos para se dedicar somente aos esportes. Carlos já estava prestes a desistir quando conheceu o projeto da Next Academy, que concilia educação e futebol, além de oferecer a oportunidade de estudar e jogar fora do país. O jovem, que hoje tem 21 anos, fez o teste e começou a dar os primeiros passos para a realização dos seus objetivos: “Eu sempre gostei mais de jogar futebol, mas nunca pude largar os estudos. Quando eu já tinha praticamente desistido do futebol, já tinha começado até a faculdade, eu vi a oportunidade da Next e entrei. Aí larguei a faculdade no Brasil para poder vir fazer faculdade aqui nos Estados Unidos”, conta.
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Atualmente, Carlos cursa Sports Management na Camden County College, nos Estados Unidos. Para bancar os estudos, o estudante-atleta trabalha em uma concessionária no período da noite, até às 2h da manhã, mesmo tendo aula cedo no dia seguinte, mas não reclama: “Faz parte, né? A vida não é fácil. Se fosse fácil todo mundo conseguia o que queria de mão beijada”. Apesar da rotina intensa, o time em que Carlos atua foi campeão regional e segundo colocado nacional em 2016. O jogador ainda foi eleito o meio-campo destaque da competição regional.
O primeiro contato do estudante-atleta com os Estados Unidos foi através de um intercâmbio proporcionado pela Next Academy, que teve início no fim de 2015. Carlos ganhou uma bolsa de 100% para fazer um curso intensivo de inglês na Monroe College, em New York. A oportunidade foi resultado de muito esforço. A família precisou pegar um empréstimo no banco e Carlos teve que trabalhar para ajudar a arcar os custos. O rapaz trabalhou no bar do pai, na carrocinha de pipoca da mãe e até mesmo em um lava-jato perto de casa: “O meu processo foi difícil por causa das condições da minha família. A gente teve que apertar as contas, deixar de gastar com algumas coisas fúteis, pegar um empréstimo. Foi uma correria, mas graças a Deus deu tudo certo”.
O jovem sempre pode contar com o apoio dos pais, mas sua maior inspiração veio do avô, Alcino José da silva, mais conhecido como Pipoca. “Eu tenho o meu avô como ídolo. Ele vendida bala no trem, vendia amendoim torrado, já foi engraxate, já foi camelô. Ele veio muito pobre da roça e criou os quatro filhos assim. Até que ele comprou um táxi primeiro, depois fez a carrocinha de pipoca”, fala orgulhoso. Também foi do avô que Carlos herdou o gosto pela educação. Apesar de só ter estudado até a quarta-série, Seu Alcino, o Pipoca, era exemplo para todos: “Ele era praticamente autodidata. Ele lia toda vez que chegava em casa, fazia tabuada, parava a molecada na rua e fazia perguntas, quem acertasse ganhava um real. Fazia pergunta de geografia, sabia todas as capitais do Brasil de cabeça, todas as capitais dos países vizinhos”, conta o neto, que completa: “Eu me inspiro muito nele, porque um homem que não tinha nada conseguiu chegar longe assim. Ele conseguiu dar tudo para a família dele, não deixou faltar nada, sem ter conhecimento nenhum. Espero um dia poder fazer o mesmo”.
Para Carlos, a oportunidade de jogar e estudar nos Estados Unidos representa uma mudança de vida, além de uma grande experiência. Hoje ele divide um apartamento com outros quatro rapazes, incluindo três brasileiros e um português, que também veio da Next: “São coisas que você leva para a vida, de muito aprendizado. Você não tem seus pais, você chega aqui sem conhecer ninguém, então é você sozinho em tudo. Se você perder a hora da aula ninguém vai te acordar. Se você está com fome tem que fazer sua própria comida, botar sua roupa para lavar, fazer tudo sozinho. Se você não for fazer as suas coisas, ninguém vai fazer”, explica.
O estudante-atleta sem dúvidas é um exemplo de garra e determinação. Agora, seu maior objetivo é pedir transferência para uma universidade que ofereça bolsa integral e conseguir se formar: “Essa oportunidade representa muito para mim, porque no Brasil você tem que escolher o futebol ou os estudos e aqui você pode conciliar os dois. Eu pretendo me formar e tentar jogar profissional. Caso eu não consiga, vou tentar continuar no ramo do esporte, tentar virar um técnico, um recrutador, um preparador físico, algo relacionado ao futebol, porque é o que eu realmente gosto de fazer”, conclui.
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